Danças

O Grupo de Capoeira Alto Astral proporciona aos seus alunos o prazer de aprender não só a capoeira mas também danças Afro-brasileiras e do Nordeste do Brasil.



CABOCLINHOS
Talvez o bailado mais antigo do Brasil, o caboclinho foi registrado pela primeira vez em 1584, pelo Padre Fernão Cardim, em seu livro "Tratado e terra da gente Brasil". Foi observado por conta das missões organizadas pelos catequistas, quando os curumins (crianças) lhes  apresentavam as danças indígenas. Caboclinho é um bailado de origem indígena, como o próprio nome o indica. No Nordeste, a palavra caboclo é utilizada para designar o índio ou, no máximo, o cruzamento de índio com branco. E caboclinhos são os filhos dos caboclos. Como folguedo, representa, com música e dança características, um drama que simboliza batalha, caçadas e colheitas. A música, leve e ligeira, é executada por pífanos, surdos e maracás, com reco-reco e ganzás a eles se incorporando, eventualmente. Marcando o ritmo, os dançarinos utilizam os estalidos secos da "preacas", conjunto de arco e flecha.




CIRANDA
A Ciranda segundo alguns historiadores é originária das cortes portuguesas e começou a ser observada no Brasil na zona Norte de Pernambuco, sobretudo no município de Goiana, espalhando-se por todo o Nordeste. A Ciranda é um misto de canto e dança, brincadeira e diversão, onde as pessoas formam de mãos dadas um circulo, e em movimentos circulares lembram o balanço do mar.


MACULÊLÊ
Até os dias de hoje não se encontrou uma concordância entre os historiadores sobre o surgimento do Maculêlê, tanto na sua prática como folguedo, comemoração religiosa/ritual ou mesmo como luta. Sendo praticado até hoje por grupos folclóricos e em especial por muitos Grupos de Capoeira, o Maculêlê e suas origem tem muitas teorias em relação ao seu surgimento, duas delas são: Baseado em um conto popular, reza a lenda que uma tribo foi atacada por seus vizinhos rivais e que um único guerreiro que se encontrava na aldeia impedido de ir a caça com os demais por estar cumprindo obrigações com seus Deuses, armou-se com dois pedaços de paus expulsando o inimigo. Acredita-se também que o Maculêlê já existia em África, sendo uma dança/luta guerreira, usada na defesa contra os opressores. No Brasil foi integrado na cultura Brasileira, sendo muito praticado no Nordeste de Amaralina como forma de agradecer a Padroeira as colheitas de cana de açúcar.


PUXADA DE REDE

"Chega negro vem dos gritos dos senhores, chamando os negros escravos para puxarem as redes na pescaria do xareu". A rede tecida durante cinco meses, mil metros de corda, bóias de pau de jangada e chumbada, recebendo sua malha banho da casca do cajueiro, as jangadas levam-na ao mar desenhando-se um semi círculo a espera dos enormes cardumes entre os meses de Abril e Outubro, os homens num ritual puxam a rede para a praia, ajudados pelas mulheres e filhos, entoando cânticos de louvor e agradecimentos, pedindo também sorte e fartura.




COCO
Muitas são as teorias que tentam desvendar a origem do Coco, a mais unânime é que esta dança tenha nascido espontâneamente dos negros de Palmares ( local para onde iam quando fugiam das senzalas). Estes quando iam quebrar a dura casca do coco, colocavam-no sobre uma pedra e nele batiam com outra, eram muitos a quebrarem ao mesmo tempo, provocando assim uma grande barulheira, e no meio desta agitação aparecia quem começasse a dançar, fazendo com que se tentasse unir as batidas do quebrar das cascas facilitando a coreografia dos primeiros passos, juntamente com cantorias transformando-se rapidamente numa animada festa. Levado para as senzalas o ritmo do quebrar foi substituído pelas palmas, e passou a ser dançado aos pares, com a grande influência indígena foi introduzido o acompanhamento do ganzá, e em muitos de seus passos notando-se ainda hoje esta influência. Passaram-se os tempos e o Coco era e é dançado pelos trabalhadores das zonas rurais e das regiões litorâneas. Uma cultura conservada, cheia de alegria e cor, envolta com seu sapateado e lindas coreografias.


FRÊVO
 
Recífe 1896. Quando a Banda da Guarda Nacional Despontou na rua, a torcida já esperava ansiosa, para eles, naquele final de Século, não poderia haver banda de música mais afinada nem repertório mais animado. No final da rua porém, estava a torcida da Banda do 4º Batalhão, que pensava exactamente o mesmo da sua banda. Mesmo a distancia, como velhos inimigos que eram, uns e outro trocavam olhares poucos amistosos. Abrindo caminho a frente das bandas os "Capoeiras" negros libertos, pulavam e saracoteavam ao som da música tocada, armados com porretes (pedaços de pau/bengala) ou velhas sombrinhas, que em caso de choque com o adversário , lhe garantiam condições de se defender e por que não dizer, de atacar também. Certa vez haviam surpreendido o grupo rival furando os bombos de sua banda, o que rendeu uma luta feroz que por pouco não terminava em morte...
Recife 1996, os dobrados tocados pelas Bandas Militares, tão populares no final do século XIX, evoluíram para o vibrante Frêvo, tipicamente Pernambucano.

Dos passos desenvoltos dos "Capoeiras" a frente das bandas nasceu os primeiros passos do Frevo, juntas músicas e dança formam um espectáculo de rara beleza. As sombrinhas do Frevo, que hoje servem de equilíbrio e adorno, em nada lembram os porretes originais dos Capoeiras, são estas coloridas e pequenas, dando um ar de graça e beleza ao passista que a conduz. A palavra Frevo nasceu da linguagem popular, simples e vem de ferver ( que alguns pronunciavam "Frever"), significando fervura, agitação.


SAMBA DE RODA
Muito da história das danças tradicionais Brasileiras são heranças que passam de geração em geração através do depoimento verbal, segundo nossos antepassados o samba é oriundo da Bahia e a palavra vem de "sam" que quer dizer pague e "ba" que quer dizer receba, chamando assim a paternidade do samba aos bahianos, datado do fim do primeiro império, até a afirmada época só existiam o jongo, batuque e o cateretê, mais tarde viria o fado. Porem foi o samba que se perpetuou e desenvolveu tornando-se mesmo marca registrada do Rio de Janeiro. Por outro lado acredita-se que a palavra samba vem de semba ( palavra esta sinónimo de umbigada em Luanda). Registros feitos por Alfredo de Sarmento (os sertões de África "apontamentos de viagem" Lisboa - 1880). Levando assim em consideração o factor histórico o Samba de Roda é a forma mais antiga de se sambar.


QUADRILHA
Dança proveniente da região Nordeste do Brasil, herdada das cortes Portuguesas. É durante as comemorações de São João que o povo Nordestino reúne-se em volta da fogueira para dançar as suas coreografias. O ritmo do forró, juntamente com a quadrilha, fazem parte das comemorações das festas juninas. É hoje um ritmo dançado em todo o Brasil, não há quem consiga resistir a um arrasta pé.


MARACATU
O Maracatu Nação ou de baque virado, é afrodescendente, com influencia de culturas ameríndias e europeias. Se apresenta em forma de cortejo e faz referencia á coroação do Rei e Rainha do Congo. O Maracatu Rural é uma manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os conhecidos caboclos de lança, uma figura folclórica do estado de Pernambuco, também conhecido como lanceiro africano, o caboclo de guiada ou guerreiro de Ogum.
     

SAMBA REGGAE
É uma fusão musical do samba Brasileiro com o reggae Jamaicano, é dançado em grupo onde um membro lança os passos e é seguido pelos companheiros. É um género de dança afro que ficou muito conhecida no Brasil e no mundo pelo grupo de batuqueiros "Olodum".


DANÇA AFRO
A dança Afro surgiu no Brasil no período colonial, foi trazida por africanos retirados do seu país de origem para realizarem trabalho escravo em solo brasileiro. Esse estilo de dança foi registado primeiramente na composição de religiões africanas e começou a se fortalecer em meados do sec. XIX com a ajuda das tribos: sudaneses, bantos (dois povos situados em território africano) e os indígenas, que foram responsáveis pela criação do candomblé e de outros segmentos regionais e aspectos da cultura africana.
Depois que a umbanda alcançou um devido status, o candomblé tornou-se referencia e a dança passa a ser visualizada de uma maneira marginalizada, por estar quase sempre associada a uma adoração de deuses africanos. Esse quadro tende a ser modificado um pouco quando a dança recebe características decorrentes do estudo da bailarina e antropóloga negra norte americana Katherine Dunca, finalmente a dança começa a ter uma receptividade popular diferente e é denominada como ballet negro ou afro.


XAXADO


O Xaxado é uma dança sertaneja, cuja divulgação em todo o Nordeste se deve ao grupo Lampião, o Rei do Cangaço e a Maria Bonita.
Marca a época em que os "Cabra machos" afrontavam a policia com um canto chamado parraxaxá.
O Xaxado é uma dança muito típica, onde as personagens se vestem de cangaceiros, bailam de uma forma rápida, vigorosa e animada.



BUMBA MEU BOI


Bumba meu boi ou boi-bumba é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi.
Em diversas cidades do Brasil, especialmente no Norte e no Nordeste, mas também em algumas do Sudeste, como Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro, existem agremiações chamadas  bois que realizam cortejos ou outros tipos de apresentações, utilizando a figura do animal, tendo muitas vezes carácter competitivo.
A festa tem ligações com diversas tradições, africanas, indígenas e europeias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período de festas juninas.      






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